"A floresta das Almas Perdidas" estreia hoje nos cinemas e o MaisTerror esteve à conversa com a actriz Daniela Love, que interpreta Carolina, no filme realizado por José Pedro Lopes.
MaisTerror: Há quanto tempo é atriz e o que é que a levou a seguir
esse caminho?
Daniela Love: Comecei a minha formação profissional em 2009, mudei-me para o Porto para estudar Teatro, não conseguia esperar mais. Era uma coisa que sempre soube que queria fazer, já me imaginei a fazer mais coisas, já as quis fazer, mas nunca quis nada tão intensamente.
O Teatro sempre foi urgente, mas pelo meio apaixonei-me pelo cinema.
- Há algum filme que tenha protagonizado que tenha dado
mais gosto fazer?
Não consigo eleger só um, foram todos muito diferentes uns
dos outros, mas acho que quanto mais genuína for a razão pela qual o filme está
a ser feito mais gosto me dá em o fazer.
- Quais são os principais desafios para quem representa
num filme de terror, principalmente quando se é a protagonista?
Isso difere muito de filme para filme mas sinto que o maior
desafio é ter sempre a mente aberta em relação ao que se está a fazer, estar
disponível e não julgar o filme e a personagem porque acho que só os
conseguimos abraçar se os quisermos aceitar.
- Como descreve as filmagens de “A Floresta das Almas Perdidas”, do ponto de vista da actriz?
- Como descreve as filmagens de “A Floresta das Almas Perdidas”, do ponto de vista da actriz?
Foi tudo muito desafiante, do início ao fim, senti-me bastante apoiada pela equipa (que já me era bastante familiar) e tive a sorte de trabalhar com atores muito generosos.
- Há actores que o público associam a um determinado tipo
de filmes. Acredita que os actores têm apetências para representar em todo o
tipo de filmes ou acha que as vocações vão-se direcionando numa direção apenas?
Acredito que há atores com mais facilidade para determinado tipo de géneros que outros, muitas vezes é só uma questão de fisionomia, mas também existem atores que se focam mais
nuns caminhos que noutros, no entanto eu acredito que um ator, por mais dificuldades que tenha em fazer parte de um certo universo se o agarrar e tiver uma boa orientação consegue encaixar-se na perfeição, talvez não em todas, mas em várias coisas.
- “A Floresta das Almas Perdidas” tem conquistado todos os festivais por
onde passou, como se sente uma actriz depois de ver o seu filme receber
distinções tão conceituadas?
Estou bastante surpreendida, quando fiz o filme acreditei nele mas não sabia bem onde era possível chegar.
- Como prevê que seja o feedback do público a este filme?
Acho que muita gente vai adorar e acho que muita gente vai achar que perdeu tempo, é normal e ainda bem que é assim. Nos festivais foi muito bem recebido, o público dos circuitos comerciais é bastante diferente pelo que é difícil prever.
- O que nos pode contar sobre futuros projectos?
Tenho pela estrada a curta «Laranja Amarelo» do Pedro Augusto Almeida e vou ter uma pequena aparição no «Ramiro» do Manuel Mozos que estreia no DocLisboa. Estou a preparar alguns projetos mais ainda é cedo para falar sobre eles.
- Como convenceria os fãs do MaisTerror a ver “A Floresta
das Almas Perdidas” nos cinemas?
Vão ver o filme, é um filme português diferente dos filmes
portugueses e um filme de terror diferente dos filmes de terror. Vão, nem seja
para me dizerem que não é nenhum dos dois.